Reproduzo aqui o artigo abaixo de autoria do Vereador de Fortaleza Roberto Mesquita (PV), que foi publicado no site do jornal O POVO, hoje, 06 de janeiro de 2009, às 00:28hs.
Hoje tenho a clareza do que diferencia os grandes homens dos seres humanos normais. Basta que se observe os seus comportamentos diante de determinadas situações.
O presidente Lula tem um vice que diverge da política de juros do Banco Central, que opina sobre seus candidatos à presidência da Câmara e do Senado, que tem sua própria opinião formada e a defende. O presidente Lula gosta, admira e respeita o seu vice. O presidente Lula é um grande homem.
A prefeita Luizianne Lins é uma guerreira, enfrentou o seu partido em 2004, fez romper um acordo que tirou o Inácio da Prefeitura, enfrentou a poderosa direção do PT, teve como companheiro de chapa um afro-descendente que politicamente dele nada se sabia, lutou e venceu. Luizianne é uma grande mulher.
Esta grande mulher fez escola e, tal qual os Beatles na década de 60, pôs uma geração de políticos a sonhar.
O Tin Gomes sonhou, lutou, aliou-se à guerreira, foi presidente da Câmara com sua ajuda, agradou seus pares e à sociedade, reelegeu-se presidente da Câmara, foi leal à prefeita, aceitou ser o vice, ajudou na conquista do primeiro turno e venceu. O Tin é um grande homem.
O Salmito foi reeleito vereador, é componente da maior bancada, é do PT, quis ser presidente da Câmara, pediu apoio a seus pares e amigos, conseguiu viabilizar-se, foi eleito presidente. O Salmito é um grande homem.
A partir daí a coisa endoidou...
O Tin, por ser vice, não podia apoiar ninguém à presidência da Câmara, senão seria amaldiçoado, como foi o Veneranda (não se sabe por que) e passou a ser hostilizado publicamente.
O Salmito não podia ser presidente porque a Luizianne não mais queria. E passou a ser tratado com vários impropérios.
Eu sou vereador, votei na Luizianne, admiro o Tin, apoiei o Guilherme até sua desistência. Votei no Salmito, sou chamado de “traíra”. Saibam que não sou traidor.
Certa vez, o presidente Lula, ao falar que não se deveria mentir, disse que para cada mentira contada, são necessárias dez outras para sustentar a primeira. Imagino, senhora prefeita, como participante ativo deste processo, uma vez que foi extremamente mal conduzido, a senhora teria duas opções:
A primeira seria passar uma borracha, reconhecer o mérito das pessoas, recompor sua enorme base e governar para atender os anseios da nossa população, como querem mais de meio milhão de eleitores que foram seus avalistas logo no primeiro turno. A segunda opção seria fazer outras dez besteiras para tentar justificar a primeira.
Tenho receio que a senhora tenha escolhido a segunda opção, pois já vi tanta besteira do Natal pra cá, que estou a me perguntar se a minha prefeita é uma grande mulher.